Vivemos numa sociedade onde o desempenho se tornou sinônimo de competência, compromisso, motivação com uma régua bem alta. Você é o que você entrega. E quanto mais entrega, mais se distancia do “ideal”.
É um número sem fim de atividades, tarefas, prazos, metas e muitas reuniões. O resultado esperado: sempre mais, melhor e mais rápido.
Entrar nesse ciclo automático, sem nenhuma reflexão, tem causado ansiedade, depressão, síndrome de Burnout.
Hoje vemos colaboradores exauridos e lideranças angustiadas e pressionadas. Não importa o cargo que você ocupa, a pergunta é: quanto que você mesmo se cobra por um maior desempenho? De que forma você se cobra?
É muito comum, em nome dessa necessidade de desempenho crescente, iniciarmos e assumirmos coisas demais, sem nenhuma avaliação. Iniciativa – Check Já a Acabativa…
Por vezes, abandonamos projetos pelo caminho por não conseguir dar conta ou por relegar na ordem de prioridades e acabam esquecidos (principalmente projetos pessoais). Ou, simplesmente desistimos ao nos aprofundar um pouco e perceber que não era o esperado ou é inviável. Que frustração! E ainda tem um outro lado, algumas pessoas presas em convicções rígidas e inflexíveis para as quais desistir ou não terminar o que se começa é sinal de fraqueza e falta de domínio próprio. Esses, seguem até o fim, mesmo que não faça mais sentido, não traga resultados e com grande desgaste de energia e tempo.
Precisamos de equilíbrio!
A Resiliência nos propõe a busca desse equilíbrio. Para encontrar esse caminho é preciso exercitar autoconhecimento. Esse processo traz a maturidade que nos permite fazer escolhas conscientes de persistência ou de desistência pagando um preço justo.
Estar resiliente é arte de conseguir tornar-se flexível e adaptável considerando o que você quer e os limites que você estabeleceu, não os que lhe foram impostos. E isso só é possível a partir do momento que você sabe quem é e questiona suas verdades absolutas.
Duas áreas que compõem a Resiliência que ao serem desenvolvidas são ferramentas de suporte:
Autoconfiança: se você tem consciência clara de suas habilidades e talentos, sem medo ou desconforto em utilizá-las, bem como de suas fraquezas e zonas de conforto, terá a capacidade de agir e obter resultados. Confia em si mesmo e consegue tomar decisões.
Análise de contexto – se você está de fato consciente, sem diálogos internos, com atenção plena voltada ao momento, conseguirá perceber as pistas e sinais presentes na situação. Isso propiciará tomar decisões com uma visão mais clara e realista, baseada em dados e não somente nas emoções. E, na ausência desses dados ou informações, ainda assim conseguirá avaliar riscos e ser mais flexível com erros ou ajustes de rota.
Como você tem lidado com suas “acabativas”? Faça uma reflexão e avalie o impacto que suas escolhas têm causado na sua rotina. Também reflita quais os ganhos e perdas em 3, 5 e 10 anos. Repense, esse pode ser um bom momento para mudança.