Alguns dias atrás, durante uma sessão de Coaching, ouvi do coachee: eu consigo enxergar o copo meio cheio! E eu perguntei: e o que esse “enxergar” te traz? Pairou silêncio por alguns segundos e depois de um longo suspiro ele respondeu: “ah, me diz que nem tudo está perdido”. Insisti na pergunta: mas o quê te traz esse “enxergar”? Que sentimentos? Outro suspiro e expressão de dúvida.
Atire a primeira pedra que não usou essa frase em algum momento. Auto-ajuda, clichê total. Não importa! A verdade é que para tentar equilibrar a vida tentamos enxergar o copo meio cheio. Às vezes apenas para aplacar o nosso lado crítico que nos açoita com perguntas: como assim você está no escuro total??
A questão é que não basta enxergar o copo meio cheio. Qual a próxima ação? Qual o próximo verbo?
É preciso ACREDITAR no copo meio cheio. Seus olhos precisam brilhar com o copo meio cheio. Você precisa se sentir desafiado a preencher a parte vazia.
Avalie se de fato você está enxergando o copo meio cheio ou apenas respondendo o que os outros gostariam de ouvir.
Uma das oito áreas que compõem a Resiliência é Otimismo com a vida. Esta área congrega as principais crenças (convicções) de que as coisas podem mudar para melhor. Mesmo que o controle ou solução não estejam nas nossas mãos. Tem uma pegada de chamar “problema” de desafio. O que muda bem a perspectiva. Trata-se de reconhecer-se criativo e com entusiasmo em buscar em si e no ambiente alternativas, ideias, planos B, C, D… Isso é possível? Sim, é! A Resiliência é um atributo. Todos nós nascemos com ela. Mas desenvolvê-la vai depender de cada um. A escolha é sua.
Então, só para refletir ou provocar, se preferir: como anda “seu copo”? E qual sua real percepção dele?
